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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

O custo de uma vida

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A pena de morte é uma sentença que tem suas raízes nos primórdios da história da organização social do homem e gera muitas opiniões sobre seu caráter social. Será uma solução adequada matar criminosos ? Ou a vida de alguém não pode ser interrompida somente visando o interesse da sociedade?

Vamos começar com uma pergunta direcionada ao leitor: Se alguém da sua família com o qual você tem muito afeto fosse morto inocentemente por um criminoso, a sua posição a partir das consequências para tal seriam as mesmas que ele causou ou apenas bastaria tranca-lo em um lugar com comida e água por alguns anos até que ele fosse solto e pudesse compartilhar do mesmo céu que todos nós compartilhamos ( lembrando a você que quem não vai nunca mais existir é a pessoa que você ama)  qual escolheria?
A sentença de morte acontece quando um réu é julgado sob autoridade do estado a sofrer pela morte devido ao descumprimento de leis. Podemos refletir que esta tem uma linhagem histórica desde registros do código Hamurabi, na antiga Mesopotâmia em 1750 A.C. onde já existiam vestígios de vingança dos parentes da vítima lesada que tinham como caráter a famosa frase “ olho por olho, dente por dente “.
Houve também muitos espetáculos pelos quais este acontecimento pode realizar, sendo que a execução se dava em praça pública e arenas como o Coliseu.
Com o passar dos anos e o avanço do pensamento, assim como a diversificação de ideias e liberdade de expressão que ganhou poder com o renascimento artístico, em muitos países a pena de morte começou a ser vista como um modo inadequado de punição, visando que ninguém pode escolher quando acabar com a vida de uma pessoa e então começou a ser válida em alguns países somente para crimes de comoção popular como assassinatos e estupros.
Para defender a pena de morte como um meio de punição que deveria se expandir no pensamento de todas as nações, vale citar uma pesquisa que consta que 78% dos criminosos que retornam para sociedade, voltam a cometer crimes.
Para o bem social, as pessoas precisam estar cientes que a única forma de acabar com as ações criminosas no mundo, seria aniquilando as fontes de tais atos. É importante lembrar que prender uma pessoa não fara com que seu caráter seja renovado, isso parte de algo muito mais interno e de uma explicação que não convém a este texto. É desumano pensar que os parentes de uma vítima, muitas vezes uma criança , ou um marido amado, pode ser morto pelo simples fato de ter atravessado a rua, e o criminoso não , pelo  fato de que a vida de pessoas inúteis vale mais do que a vida de pessoas decentes.
A criminalidade e a violência cada vez ficarão pior, e farão do mundo um lugar totalmente inseguro para se viver, isso porque cabe a todas as pessoas a conscientização de que a dor de ter uma filha que foi estuprada só vai chegar a si mesmo se isso acontecer com sua família. A dor de um marido  morto com um tiro na cabeça, só vai chegar a você , se isso acontecer com seu marido. É inaceitável como as pessoas conseguem ficar sentadas em um praça rindo e aceitando esse tipo de coisa, sabendo que o bandido que foi preso ontem, foi solto hoje, só porque pagou a fiança, pois bem, olhe para trás, talvez ele esteja ai apontado uma arma para você.
Talvez a única forma de mudar o mundo sendo se pondo no lugar das vítimas , enquanto ainda não somos uma delas.   

                           Um texto escrito por: Jéssica Zanetti

                           Colaborações para o trabalho : Igor Miotto e Jonathan Mussulini

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